Caesalpinioideae

Caesalpinioideae
Delonix regia
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Clado: Tracheophyta
Clado: Angiospermae
Clado: Eudicotyledoneae
Clado: Rosids
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Subfamília: Caesalpinioideae
DC. 1825
Género tipo
Caesalpinia
L.
Clados
Ver texto
Sinónimos
  • Cercidoideae Burmeist. 1837
  • GCM Clade Marazzi et al. 2012[1]
  • MCC Clade Doyle 2011[2][3]
  • Mimosoideae DC. 1825
Caesalpinia pulcherrima.
Delonix regia (ponciana-real).
Chamaecrista absus.

Caesalpinioideae é uma subfamília de plantas com flor pertencente à família Fabaceae (leguminosas) que, na sua presente circunscrição taxonómica, integra 152 géneros e aproximadamente 2 700 espécies com distribuição natural pelas regiões tropicais e subtropicais de todos os continentes. O grupo inclui diversas espécies com interesse económico, entre as quais Ceratonia siliqua (alfarroba), o pau-brasil e várias espécies de grandes dimensões produtoras de madeira.[4]

Descrição

O nome da subfamília Caesalpinioideae deriva do nome genérico do seu género tipo, Caesalpinia, um género de plantas lenhosas nativas das zonas tropicais e subtropicais.[5] Os membros da subfamília Caesalpinioideae são maioritariamente espécies arbóreas (mesofanerófitos e megafanerófitos) das regiões húmidas dos trópicos, mas o grupo inclui espécies das regiões temperadas, como a alfarrobeira, a Gleditsia triacanthos e a Gymnocladus dioicus.

Várias espécies de cesalpinoideas são cultivadas com fins decorativos, florestais, industriais ou medicinais.[4] Integram esta subfamília plantas conhecidas pela beleza das suas flores, e por isso amplamente utilizadas como ornamentais, como as cássias (Cassia spp.), a Parkinsonia aculeata, a Bauhinia forficata, as Gleditsia spp., a Caesalpinia paraguariensis e a Delonix regia.

São plantas lenhosas, em geral arbustivas e arbóreas, raramente plantas herbáceas ou trepadeiras. Entre as espécies de hábito arbóreo incluem-se árvores de grande porte e com troncos de grandes dimensões, produtoras de madeiras amplamente comerciadas.

Nalgumas espécies estão presentes nódulos radiculares de Rhizobium, fixadores de azoto, embora sejam raros e com estrutura muito simples.

A maioria das espécies apresenta folhas com filotaxia alternada, compostas, podendo ser pinadas ou, mais frequentemente, bipinadas. Em alguns casos, como por exemplo, em Gleditsia, ambos os tipos foliares existem na mesma planta. Algumas espécies são áfilas. Há em geral presença de estípulas que podem ser de tamanho variado, muitas vezes transformadas em espinhos. Na base da folha e dos folíolos existem articulações designadas, respectivamente, por pulvinos e pulvínulos. Muitas espécies deste grupo taxonómico apresentam nectários extraflorais especializados, geralmente localizados no pecíolo ou nas ráquis primárias e secundárias das folhas, frequentemente entre pares de pinas ou folíolos.

A estrutura floral é muito mais variada que na subfamília das Mimosoideae. As flores são zigormorfas, raras vezes actinomorfas, diclamídeas, hermafroditas (são raros os casos de flores unissexuais). A corola é carenal, variada, maioritariamente grande, embora em alguns géneros seja mediana a pequena. As flores são pentâmeras, com as pétalas livres pelo menos na base (corola dialipétala) e o cálice também dialissépalo. As pétalas são frequentemente unguiculadas. O androceu é em geral formado por 10 estames, livres ou soldados em grupos, igualando a altura das pétalas ou, mais frequentemente recobertos por elas. As anteras muitas vezes apresentam uma glândula apical estipada ou séssil. O pólen é livre, geralmente em tétradas, bi-tétradas ou políadas. O tegumento seminal não presenta "linha fissural". O óvulo é anátropo.

A prefloração é imbricada ascendente (com o estandarte interno, coberto nos bordos pelas pétalas vizinhas), raras vezes valvar. As flores agrupam-se em inflorescências globosas a espiciformes geralmente racimos, em geral medianas a grandes, raras vez pequenas e em espiga densa.

O fruto é do tipo vagem, morfologicamente muito variável, monocarpelar, seco e geralmente deiscente (nalgumas poucas espécies é indeiscente). As sementes, normalmente com um pleurograma aberto ou fechado em ambas as faces, apresentam embrião recto, com hilo apical ou subapical, pequeno. A estivação é valvar.

Taxonomia e filogenia

Em alguns sistemas de classificação clássicos de base morfológica, como por exemplo no Sistema de Cronquist, o agrupamento taxonómico Caesalpinioideae era reconhecido ao nível taxonómico de família, então designada por Caesalpiniaceae. Contudo, o carácter pantropical do grupo e a grande variabilidade morfológica dos seus membros cedo levantaram a suspeita de parafilia.

Em consequência, pese embora o grupo apresente características diferenciadoras significativas, a posição taxonómica do grupo esteve sujeita a debate durante muitos anos. Ao longos desse período a opinião dominante variou entre considerar o agrupamento no nível taxonómico de família (Caesalpiniaceae), com divisão em várias subfamílias, ou considerar o grupo como uma subfamília de Fabaceae. Não obstante persistirem algumas dissensões, a maioria dos taxonomistas presentemente considera o grupo ao nível de subfamília, em conjunto com Mimosoideae e Faboideae, com integração em Fabaceae.[6]

Também a circunscrição taxonómica do grupo esteve, e nalguns casos está, longe de ser consensual. Na realidade, vários estudos de filogenia molecular realizados após o ano 2000 demonstraram que o grupo, como era tradicionalmente circunscrito, era parafilético, pois as duas outras subfamílias de Fabaceae (Faboideae e Mimosoideae) estavam ambas anichadas no âmbito da subfamília Caesalpinioideae.[7][8][9][10] Em consequência, as subfamílias de Fabaceae foram reorganizadas, com segregação e troca de vários géneros, para as fazer monofiléticas.[11]

Em consequência dessa reorganização, a subfamília Caesalpinioideae passou a ser definida com base nos princípios da cladística como sendo: — «o clado coroa mais inclusivo que contém Arcoa gonavensis Urb. e Mimosa pudica L., mas exclui Bobgunnia fistuloides (Harms) J. H. Kirkbr. & Wiersema, Duparquetia orchidacea Baill. e Poeppigia procera C.Presl[11]»

A posição sistemática do grupo com a presente circunscrição, determinada pelas técnicas da filogenia molecular, sugere a seguinte árvore evolucionária:[12][13][14][15][16][17][18]

Polygalaceae
Surianaceae
Fabales
Quillajaceae
Cercidoideae
Detarioideae
Fabaceae
Duparquetioideae
Dialioideae
Caesalpinioideae
Faboideae

Na classificação tradicional das leguminosas, os géneros das Caesalpinioideae eram agrupados em quatro tribos: Caesalpinieae, Cassieae, Cercideae e Detarieae. A necessidade de garantir a monofilia do grupo levou a que a tribo Cercideae tenha estado incluída em algumas classificações na subfamília Papilionoideae. Actualmente, a segregação dessa tribo é consensual, em conjunto com Detarieae, sendo esse agrupamento considerado um grupo externo à subfamília Caesalpinioideae na sua presente circunscrição.[6] Em consequência, o grupo Caesalpinioideae passou a conter os seguintes subclados:[11]

  • Clado Caesalpinieae
Ver artigo principal: Caesalpinieae

A estrutura taxonómica atrás descrita atrás pode melhor ser representada pelo seguinte cladograma:

Fabales 

Faboideae (grupo externo)

 Caesalpinioideae 

Clado Umtiza

Clado Caesalpinieae

Clado Cassieae

Pterogyne

Dimorphandra - Grupo A

Clado Tachigali

Clado Peltophorum

Dimorphandra - Grupo B (incluindo o clado mimosoide)

Sistemática

Tribo Caesalpinieae: hábito e vagens de Balsamocarpon brevifolium.
Tribo Caesalpinieae: alfarrobeira (Ceratonia siliqua), flores femininas.
Tribo Caesalpinieae: folhagem pinada e inflorescência de Colvillea racemosa.
Tribo Caesalpinieae: árvore-do-fogo (Delonix regia.)
Tribo Caesalpinieae: flores de Hoffmannseggia microphylla.
Tribo Caesalpinieae: ramagem com folhagem e inflorescências de Moullava spicata.
Tribo Caesalpinieae: flores de Parkinsonia florida.
Tribo Caesalpinieae: folhagem e inflorescência de Peltophorum dubium.
Tribo Caesalpinieae: inflorescência de Stahlia monosperma.
Tribo Cassieae, subtribo Cassiinae: hábito e inflorescências da cássia (Cassia fistula).
Tribo Cassieae, subtribo Cassiinae: folhas compostas simples e flores de Senna multiglandulosa.
Tribo Cassieae, subtribo Dialiinae: ramagem com folhagem e inflorescências de Dialium guineense.

A primeira publicação do nome Caesalpinioideae deve-se a Augustin Pyramus de Candolle, na sua obra Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis, 2, 1825, p. 473, na qual utiliza a forma «Caesalpineae» e propõe o agrupamento.[20] O nome genérico do género tipo Caesalpinia é uma homenagem ao botânico italiano Andrea Cesalpino, cujo apelido toma por epónimo. São considerados sinónimos taxonómicos para Caesalpinioideae DC. os seguintes grupos: Caesalpiniaceae R.Br., Cassiaceae Vest, Ceratoniaceae Link e Detariaceae (DC.) Hess.

De acordo com os resultados obtidos com recurso à técnicas da biologia molecular, a subfamília Caesalpinioideae na sua definição tradicional é um táxon parafilético da família monofilética das Fabaceae (Leguminosas). No passado, a tribo Cercideae e o género Duparquetia também estavam incluídos no agrupamento, mas em novas classificações foram excluídos das duas tribos remanescentes, sendo em vez disso reconhecidos como grupo basal da árvore filogenética da família Fabaceae (como as subfamílias Cercidoideae e Duparquetioideae).

Na sua presente circunscrição, a subfamília Caesalpinioideae, com base nos últimos dados filogenéticos conhecidos, foi subdividida em 3 tribos, contendo entre 120 a 170 géneros com de 2 000 a 3 000 espécies:

  • Tribo Caesalpinieae: As flores variam de radialmente simétricas a zigomorfas. As sépalas são geralmente livres. As folhas são na maioria das espécies bipinadas. Contém até 51 géneros:
    • Acrocarpus Wight ex Arn.: Contém apenas uma espécie:
    • Arapatiella Rizzini & A.Mattos: com apenas 2 espécies, nativas do estado da Bahia.
    • Arcoa Urb.: Contém apenas uma espécie:
    • Balsamocarpon Clos: Contém apenas uma espécie:
      • Balsamocarpon brevifolium Clos: nativa de das regiões de Atacama e Coquimbo (Chile).
    • Batesia Spruce ex Benth. & Hook. f.: Contém apenas uma espécie:
    • Biancaea (Tod. 1860) E. Gagnon & G. P. Lewis, 2016.
    • Burkea Hook.: Contém apenas uma espécie:
      • Burkea africana Hook.: com ampla distribuição em África.
    • Bussea Harms: das cerca de 7 espécies, 5 ocorrem na África tropical e 2 em Madagáscar.
    • Caesalpinia (Caesalpinia L.): as cerca de 100 espécies têm ampla distribuição nas regiões tropicais e subtropicais, mas muitas delas foram transferidas para outros géneros em 2016[21].
    • Campsiandra Benth.: as cerca de 19 espécies são nativas das regiões tropicais da América do Sul, especialmente da bacia do Amazonas.
    • Cenostigma Tul.: as 14 espécies ocorrem no Brasil, América Central e nas Caraíbas.
    • Ceratonia L.: contém apenas duas espécies:
    • Chidlowia Hoyle: Contém apenas uma espécie:
    • Colvillea Bojer ex Hook.: com apenas uma espécie:
    • Conzattia Rose: as 3 espécies ocorrem apenas no México.
    • Cordeauxia Hemsl. (por vezes considerada parte do género Stuhlmannia Taub.): Contém apenas uma espécie:
    • Coulteria Kunth, 1824.
    • Delonix Raf.: com cerca de 12 espécies, maioritariamente da África Oriental, entre as quais:
      • Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf.: um endemismo do norte e oeste de Madagáscar. Cultivada como planta ornamental nas regiões tropicais e subtropicais.
    • Denisophytum R.Vig., 1948.
    • Dimorphandra Schott: as cerca de 26 espécies são nativas da América do Sul.
    • Diptychandra Tul.: contém apenas 2 espécies:
    • Erythrophleum Afzel. ex R.Br.: as cerca de 9 espécies são nativas do Paleotropis.
    • Erythrostemon Klotzsch, 1844.
    • Gelrebia E. Gagnon & G. P. Lewis, 2016.
    • Gleditsia L., sin.: Gleditschia Scop.: com uma área de distribuição natural disjunta, contém de 12 até 14 espécies.
    • Guilandina L., 1753.
    • Gymnocladus Lam.): com distribuição natural disjunta entre a América do Norte e a Ásia Oriental, agrupa 2-6 espécies.
    • Haematoxylum L.: das cerca de 5 espécies, 4 são nativas do Neotropis e uma da Namíbia, entre as quais:
    • Hererolandia E. Gagnon & G. P. Lewis, 2016
    • Heteroflorum M.Sousa (pertenceu até 2005 ao género Peltophorum (Vogel) Benth.): contém apenas uma espécie:[22]
      • Heteroflorum sclerocarpum M.Sousa: nativa de México.
    • Hoffmannseggia Cav.: as 24-28 espécies são nativas do Novo Mundo.
    • Hultholia E. Gagnon & G. P. Lewis, 2016
    • Jacqueshuberia Ducke: as cerca de 6 espécies são maioritariamente da bacia do Amazonas, com uma área de ocorrência que se estende até à Venezuela.
    • Lemuropisum H.Perrier: Contém apenas uma espécie: (sin. de Delonix Raf.)
      • Lemuropisum edule H.Perrier: nativa do sudoeste de Madagáscar.
    • Libidibia (DC.) Schltdl., 1830
    • Lophocarpinia Burkart: Contém apenas uma espécie:
    • Melanoxylum Schott: Contém apenas uma espécie:
      • Melanoxylum brauna Schott: nativa dos estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
    • Mezoneuron Desf., 1818
    • Moldenhawera Schrad.: as cerca de 10 espécies ocorrem no leste do Brasil, especialmente na Mata Atlântica, e principalmente no estado da Bahia.
    • Mora Benth.: as cerca de 7 espécies são nativas das florestas tropicais húmidas do Neotropis.
    • Moullava Adans.: contém 4 espécie, entre as quais:
    • Orphanodendron Barneby & J.W.Grimes: contém apenas 2 espécies, entre as quais:
    • Pachyelasma Harms: Contém apenas uma espécie:
      • Pachyelasma tessmannii (Harms) Harms: nativa da África tropical.
    • Parkinsonia L.: as cerca de 10 espécies ocorrem principalmente no Novo Mundo.
    • Paubrasilia Gagnon, H.C.Lima & G.P.Lewis: Contém apenas uma espécie:
    • Peltophorum (Vogel) Benth.: com cerca de 12 espécies, com distribuição ampla pelos trópicos e subtrópicos.
    • Pomaria Cav. (sin.: Cladotrichium Vogel, Melanosticta DC.; as espécies estavam anteriormente incluídas no género Hoffmannseggia Cav.: das cerca de 16 espécies 9 ocorrem apenas nas regiões áridas e montanhosas do sudoeste dos Estados Unidos e regiões próximas do México, 3 espécies ocorrem nas regiões temperadas do leste da América do Sul e 3 espécies no sul da África.[23]
    • Pterogyne Tul.: Contém apenas uma espécie:
      • Pterogyne nitens Tul.: com distribuição ampla no Brasil, no leste da Bolívia, no norte da Argentina e no Paraguai.
    • Pterolobium R.Br. ex Wight & Arn.: as cerca de 10 espécies com ampla distribuição, particularmente no continente asiático até à Indonésia e as Filipinas, mas também na África tropical e subtropical.
    • Recordoxylon Ducke: as 2-5 espécies são nativas do Neotropis.
    • Schizolobium Vogel: as cerca de 2 espécies são nativas do Neotropis.
    • Stachyothyrsus Harms: as cerca de 2 espécies são nativas da África tropical.
    • Stahlia Bello: Contém apenas uma espécie: (sin. de Libidibia (DC.) Schltdl.)
    • Stenodrepanum Harms: Contém apenas uma espécie:
      • Stenodrepanum bergii Harms: nativa da Argentina.
    • Stuhlmannia Taub.: Contém apenas uma espécie:
    • Sympetalandra Stapf: as cerca de 5 espécies são nativas do Arquipélago Malaio: Bornéu, Malásia, as Filipinas e as Pequenas Ilhas de Sunda.
    • Tachigali Aubl.: as cerca de 70 espécies ocorrem nas planícies, principalmente do norte da América do Sul e e na Mata Atlântica do sueste do Brasil.
    • Tara (Molina 1789) E. Gagnon & G.P. Lewis, 2016.
    • Tetrapterocarpon Humbert: as 2 espécies são endemismos de Madagáscar.
    • Vouacapoua Aubl.: com apenas 3 espécies, nativo da Bacia do Amazonas (Brasil e Guianas).
    • Zuccagnia Cav.: Contém apenas uma espécie:
      • Zuccagnia punctata Cav.: nativa da Argentina e do norte do Chile.
  • Tribo Cassieae: as flores são em geral acentuadamente zigomorfas (algumas pouco zigomorfas). As pétalas são no máximo soldadas na base. As folhas são simplesmente pinadas. Contém três subtribos com cerca de 21 géneros:
    • Subtribo Cassiinae: contém 3 géneros com cerca de 665 espécies:
      • Cassia L., sin.: Bactyrilobium Willd., Cathartocarpus Pers.): presentemente contém apenas as cerca de 30 espécies que não foram movidas para os géneros Senna e Chamaecrista (anteriormente eram mais de 70) espécies. Tem distribuição natural pantropical, com 4 espécies naturalizadas em múltiplas regiões.
      • Chamaecrista Moench (sin.: Grimaldia Schrank, Sooja Siebold, Cassia subgen. Lasiorhegma Vogel ex Benth., Cassia subgen. Absus (DC. ex Collad.) Symon): as cerca de 330 espécies herbáceas têm distribuição natural no Paleárctico.
      • Senna Mill. (sin.: Cassia subgen. Senna (Mill.) Benth., Chamaefistula (DC.) G.Don, Chamaesenna (DC.) Raf. ex Pittier, Desmodiocassia Britton & Rose, Earleocassia Britton, Echinocassia Britton & Rose, Gaumerocassia Britton, Herpetica (DC.) Raf., Leonocassia Britton, Palmerocassia Britton, Phragmocassia Britton & Rose, Pseudocassia Britton & Rose, Pterocassia Britton & Rose, Sciacassia Britton, Sericeocassia Britton, Tharpia Britton & Rose, Vogelocassia Britton, Xerocassia Britton & Rose): das cerca de 300 espécies, pelo menos 206 são nativas do Novo Mundo, pelo menos 20 são nativas de África, 33 espécies da Austrália, em Madagáscar ocorrem 9 espécies, um espécie é nativa da Ásia e outra da Malésia. De 3 a 5 espécies, cuja origem é pouco clara, são amplamente cultivadas.
    • Subtribo Dialiinae: inclui cerca de 17 géneros, com cerca de 74 espécies:
      • Androcalymma Dwyer: Contém apenas uma espécie:
      • Apuleia Mart.: as 2-3 espécies são nativas da América do Sul.
      • Baudouinia Baill.: as cerca de 6 espécies são endémicas de Madagáscar.
      • Dialium L.: as 35 até 41 espécies são nativas dos trópicos, com centro de diversidade na África tropical.
      • Dicorynia Benth.: as 2 espécies são nativas de América do Sul.
      • Distemonanthus Benth.: Contém apenas uma espécie:
        • Distemonanthus benthamianus Baill.: nativa da África tropical.
      • Eligmocarpus Capuron: Contém apenas uma espécie:
        • Eligmocarpus cynometroides Capuron: nativa de Madagáscar.
      • Kalappia Kosterm.: Contém apenas uma espécie:
      • Koompassia Maingay ex Benth.: as 2-3 espécies são nativas do Sueste da Ásia.
      • Labichea Gaudich. ex DC.: as cerca de 14 espécies são endémicas da Austrália, especialmente de Western Australia, mas com algumas espécies em Queensland e Northern Territory.
      • Martiodendron Gleason: as cerca de 5 espécies são nativas da América do Sul, das quais 3 da bacia do Amazonas e uma da Caatinga, no noroeste do Brasil, com uma espécie descrita em 2002 da Mata Atlântica do sueste do Brasil.[24]
      • Mendoravia Capuron: Contém apenas uma espécie:
        • Mendoravia dumaziana Capuron: nativa de Madagáscar.
      • Petalostylis R.Br.: com duas espécies nativas de Austrália.
      • Poeppigia C.Presl: Contém apenas uma espécie:
        • Poeppigia procera C.Presl: ocorre desde o sul do México pela América Central, incluindo Cuba, até à Colômbia, Brasil, Bolívia e Peru.
      • Storckiella Seem.: com apenas dois géneros, um nativo da Austrália e o outro de Fiji.
      • Uittienia Steenis: Contém apenas uma espécie:
      • Zenia Chun: Contém apenas uma espécie:

Géneros

Os géneros mais numerosos em termos de espécies são Senna (com pelo menos 350 espécies), Chamaechrista (265 espécies) e Caesalpinia (mais de 100 espécies).[6] A subfamília inclui diversos géneros com importância económica, entre os quais:

Lista completa dos géneros:

Referências

  1. Marazzi B, Ané C, Simon MF, Delgado-Salinas A, Luckow M, Sanderson MJ (2012). «Locating evolutionary precursors on a phylogenetic tree». Evolution. 66 (12): 3918–3930. PMID 23206146. doi:10.1111/j.1558-5646.2012.01720.x 
  2. Doyle JJ (2011). «Phylogenetic perspectives on the origins of nodulation». Molecular Plant-Microbe Interactions. 24 (11): 1289–1295. PMID 21995796. doi:10.1094/MPMI-05-11-0114 
  3. Doyle JJ (2012). «Polyploidy in legumes». In: Soltis PS, Soltis DE. Polyploidy and genome evolution. Berlin, Heidelberg: Springer. pp. 147–180. ISBN 978-3-642-31441-4. doi:10.1007/978-3-642-31442-1_9 
  4. a b Burkart, A. Leguminosas. in: Dimitri, M. 1987. Enciclopedia Argentina de Agricultura y Jardinería. Tomo I. Descripción de plantas cultivadas. Editorial ACME S.A.C.I., Buenos Aires. pag.: 467-538.
  5. [1]
  6. a b c Stevens, P. F. (2001). «Fabaceae». Angiosperm Phylogeny Website. Version 7, Maio de 2006 (em inglês). Consultado em 28 de abril de 2008 
  7. Bruneau A, Forest F, Herendeen PS, Klitgaard BB, Lewis GP (2001). «Phylogenetic Relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as Inferred from Chloroplast trnL Intron Sequences». Syst Bot. 26 (3): 487–514. doi:10.1043/0363-6445-26.3.487 (inativo 7 de junho de 2019) 
  8. Bruneau A, Mercure M, Lewis GP, Herendeen PS (2008). «Phylogenetic patterns and diversification in the caesalpinioid legumes». Botany. 86 (7): 697–718. doi:10.1139/B08-058 
  9. Manzanilla V, Bruneau A (2012). «Phylogeny reconstruction in the Caesalpinieae grade (Leguminosae) based on duplicated copies of the sucrose synthase gene and plastid markers». Molecular Phylogenetics and Evolution. 65 (1): 149–162. PMID 22699157. doi:10.1016/j.ympev.2012.05.035 
  10. Cardoso D, Pennington RT, de Queiroz LP, Boatwright JS, Van Wykd B-E, Wojciechowskie MF, Lavin M (2013). «Reconstructing the deep-branching relationships of the papilionoid legumes». S. Afr. J. Bot. 89: 58–75. doi:10.1016/j.sajb.2013.05.001 
  11. a b c The Legume Phylogeny Working Group (LPWG). (2017). «A new subfamily classification of the Leguminosae based on a taxonomically comprehensive phylogeny». Taxon. 66 (1): 44–77. doi:10.12705/661.3 
  12. Bruneau A; Forest F; Herendeen PS; Klitgaard BB; Lewis GP (2001). «Phylogenetic Relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as Inferred from Chloroplast trnL Intron Sequences». Syst Bot. 26 (3): 487–514. doi:10.1043/0363-6445-26.3.487 (inativo 31 de janeiro de 2019) 
  13. Miller JT; Grimes JW; Murphy DJ; Bayer RJ; Ladiges PY (2003). «A phylogenetic analysis of the Acacieae and Ingeae (Mimosoideae: Fabaceae) based on trnK, matK, psbAtrnH, and trnL/trnF sequence data». Syst Bot. 28 (3): 558–566. JSTOR 25063895. doi:10.1043/02-48.1 (inativo 31 de janeiro de 2019) 
  14. Bruneau A; Mercure M; Lewis GP; Herendeen PS (2008). «Phylogenetic patterns and diversification in the caesalpinioid legumes». Botany. 86 (7): 697–718. doi:10.1139/B08-058 
  15. Miller JT; Murphy DJ; Brown GK; Richardson DM; González-Orozco CE (2011). «The evolution and phylogenetic placement of invasive Australian Acacia species». Diversity and Distributions. 17 (5): 848–860. doi:10.1111/j.1472-4642.2011.00780.x 
  16. Manzanilla V; Bruneau A (2012). «Phylogeny reconstruction in the Caesalpinieae grade (Leguminosae) based on duplicated copies of the sucrose synthase gene and plastid markers». Molecular Phylogenetics and Evolution. 65 (1): 149–162. PMID 22699157. doi:10.1016/j.ympev.2012.05.035 
  17. LPWG [Legume Phylogeny Working Group] (2013). «Legume phylogeny and classification in the 21st century: Progress, prospects and lessons for other species-rich clades». Taxon. 62 (2): 217–248. doi:10.12705/622.8. hdl:10566/3455 
  18. Miller JT; Seigler D; Mishler BD (2014). «A phylogenetic solution to the Acacia problem». Taxon. 63 (3): 653–658. doi:10.12705/633.2 
  19. Revista Brasileira de Zoologia, 22 (1): 51–59, março 2005
  20. Augustin Pyramus de Candolle: Prodromus systematis naturalis regni vegetabilis. Band 2, Treuttel & Würtz, Paris 1825, S. 473 eingescannt (PDF-Datei; 338 kB).
  21. Gagnon, Edeline; Bruneau, Anne; Hughes, Colin E.; de Queiroz, Luciano Paganucci; Lewis, Gwilym P. (2016). «A new generic system for the pantropical Caesalpinia group (Leguminosae)». PhytoKeys (em inglês). 71. PubMed Central (PMC). pp. 1–160. doi:10.3897/phytokeys.71.9203. Consultado em 20 de maio de 2023 
  22. Mario Sousa S.: Heteroflorum: Un nuevo género del grupo Peltophorum (Leguminosae: Caelaspinoideae: Caesalpinieae), endémico para México, Novon, volume 15, 2005, S. 213–218.
  23. Beryl Simpson, Leah Larkin, Andrea Weeks, Joshua McDill: Phylogeny and Biogeography of Pomaria (Caesalpinioideae: Leguminosae). In: Systematic Botany. Band 31, Nr. 4, 2006, S. 792–804, doi:10.1600/036364406779695915.
  24. Julio Antonio Lombardi: Martiodendron fluminense (Leguminosae, Caesalpinioideae), a new species from the Atlantic coast rainforest of Brazil. In: Brittonia. Band 54, Nr. 4, 2002, S. 327–330, doi:[327:MFLCAN2.0.CO;2 10.1663/0007-196X(2003)54[327:MFLCAN]2.0.CO;2].

Bibliografia

  • Bruneau, B., F. Forest, P.S. Herendeen, B.B. Klitgaard, and G.P. Lewis. 2001. Phylogenetic relationships in the Caesalpinioideae (Leguminosae) as inferred from chloroplast trnL intron sequences. Systematic Botany 26: 487–514 (enlace al resumen del trabajo aquí)
  • Haston, E. M., G. P. Lewis, and J. A. Hawkins. 2003. A phylogenetic investigation of the Peltophorum group (Caesalpinieae: Leguminosae). Pages 149-159 in Advances in Legume Systematics, part 10, higher level systematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Haston, E. M., G. P. Lewis, and J. A. Hawkins. 2005. A phylogenetic reappraisal of the Peltophorum group (Caesalpinieae: Leguminosae) based on the chloroplast trnL-F, rbcL, and rps16 sequence data. American J. Botany 92: 1359-1371.
  • Herendeen, P. S., A. Bruneau, G. P. Lewis. 2003. Phylogenetic relationships in caesalpinioid legumes: a preliminary analysis based on morphological and molecular data. Pages 37–62 in Advances in Legume Systematics, part 10, higher level systematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Herendeen, P. S., A. Bruneau, G. P. Lewis. 2003. Floral morphology in caesalpinioid legumes: testing the monophyly of the "Umtiza clade". International J. Plant Sciences 164 (5 Suppl.) S393-S407.
  • Irwin, H. S. and R. C. Barneby. 1981. Cassieae Bronn. Pages 97–106 in Advances in legume systematics, part 1 (R. M. Polhill and P. H. Raven, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Kajita, T., H. Ohashi, Y. Tateishi, C. D. Bailey, and J. J. Doyle. 2001. rbcL and legume phylogeny, with particular reference to Phaseoleae, Millettieae, and Allies. Systematic Botany 26: 515-536.
  • Lewis, G. P. 2005a. Cassieae. Pages 111-125 in Legumes of the World (Lewis, G., B. Schrire, B. MacKinder, and M. Lock, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Lewis, G. P. 2005b. Caesalpinieae. Pages 127-161 in Legumes of the World (Lewis, G., B. Schrire, B. MacKinder, and M. Lock, eds.). Royal Botanical Gardens, Kew, UK.
  • Lewis, G. P. and B. D. Schrire. 1995. A reappraisal of the Caesalpinia group (Caesalpinioideae: Caesalpinieae) using phylogenetic analysis. Pages 41–52 in Advances in Legume Systematics 7, phylogeny (M. D. Crisp and J. J. Doyle, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Luckow, M., J. T. Miller, D. J. Murphy, and T. Livshultz. 2003. A phylogenetic analysis of the Mimosoideae (Leguminosae) based on chloroplast DNA sequence data. Pages 197-220 in Advances in Legumes Systematics, part 10, higher level systematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Marazzi, B., P. K. Endress, L. P. de Queiroz, and E. Conti. 2006. Phylogenetic relationships within Senna (Leguminosae, Cassinae) based on three chloroplast DNA regions: patterns in the evolution of floral symmetry and extrafloral nectaries. American J. Botany 93: 288-303.
  • Polhill, R. M. 1994. Classification of the Leguminosae. Pages xxxv - xlviii in Phytochemical dictionary of the Leguminosae (F. A. Bisby, J. Buckingham, and J. B. Harborne, eds.). Chapman and Hall, New York, NY.
  • Polhill, R. M., and J. E. Vidal. 1981. Caesalpinieae. Pages 81–95 in Advances in Legume Systematics, part 1 (R. M. Polhill and P. H. Raven, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Simpson, B. B., L. L. Larkin, and A. Weeks. 2003. Progress towards resolving the relationships of the Caesalpinia group (Caesalpinieae: Caesalpinioideae: Leguminosae). Pages 123-148 in Advances in Legume Systematics, part 10, higher level sytematics (B. B. Klitgaard and A. Bruneau, eds.). Royal Botanic Gardens, Kew, UK.
  • Simpson, B. B., and G. P. Lewis. 2003. New combinations in Pomaria (Caesalpinioideae: Leguminosae). Kew Bulletin 58: 175-184.
  • Wojciechowski, M. F., M. Lavin, and M. J. Sanderson. 2004. A phylogeny of legumes (Leguminosae) based on analysis of the plastid matK gene resolves many well-supported subclades within the family. American J. Botany 91: 1846-1862.

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Caesalpinioideae
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Caesalpinioideae
  • «Caesalpinioideae». in L. Watson and M.J. Dallwitz (1992 onwards). The Families of Flowering Plants: Descriptions, Illustrations, Identification, Information Retrieval. 
  • «Caesalpinioideae (espanhol)» 
Identificadores taxonómicos
  • Portal da botânica