Combinação

 Nota: Para o termo utilizado na gramática, veja Combinação (gramática).
Demonstração da combinação

Uma combinação sem repetição, em análise combinatória, é um subconjunto com s {\displaystyle s} elementos em um conjunto U , {\displaystyle \mathbb {U} ,} com n {\displaystyle n} elementos. Como é um conjunto, não há repetição de membros dentro do conjunto.

Por outras palavras combinação sem repetição é o número de grupos que se pode formar com s dos n objectos todos diferentes, diferindo uns dos outros pela natureza dos seus elementos.

O número de subconjuntos de s {\displaystyle s} elementos diferentes de um conjunto de n {\displaystyle n} elementos diferentes pode ser representado por: C s n , {\displaystyle C_{s}^{n},} ( n s ) , {\displaystyle {\begin{matrix}{{n} \choose {s}}\end{matrix}},} n C s {\displaystyle {}^{n}C_{s}} ou C ( n , s ) . {\displaystyle {C}{\left(n,s\right)}.}

Exemplos

  • C 3 , 2 {\displaystyle C_{3,2}} indica de quantas formas distintas é possível escolher 2 elementos de um grupo de 3 elementos, digamos as 3 primeiras letras do alfabeto: {a,b,c}. As três possíveis combinações são:
ab, ac, bc. Note que em uma combinação não estamos interessados na ordenação dos elementos, uma vez que estamos tratando de um subconjunto do conjunto inicial. desta maneira ab e ba representam um mesmo conjunto.
  • A combinação C 4 , 2 {\displaystyle C_{4,2}} indica de quantas formas distintas é possível escolher dois elementos de um grupo de 4, digamos as quatro primeiras letras do alfabeto: {a,b,c,d}. As seis possíveis combinações são:
ab, ac, ad, bc, bd, cd

Aplicando a formula abaixo ao exemplo acima temos: C 2 4 = ( 4 2 ) = 4 ! 2 ! ( 4 2 ) ! {\displaystyle C_{2}^{4}={4 \choose 2}={\frac {4!}{2!\cdot \left(4-2\right)!}}} = {\displaystyle =} ( 4 3 2 1 ) ( 2 1 ) ( 2 1 ) = 24 4 = 6 {\displaystyle {\frac {\left(4\cdot 3\cdot 2\cdot 1\right)}{\left(2\cdot 1\right)\cdot \left(2\cdot 1\right)}}={\frac {24}{4}}=6} combinações diferentes

Fórmula

A fórmula de cálculo de uma combinação é a seguinte:

C s n = ( n s ) = n ! s ! ( n s ) ! {\displaystyle C_{s}^{n}={n \choose s}={\frac {n!}{s!\cdot \left(n-s\right)!}}} Onde s deve ser um número natural.


Então: ( n s ) = ( n n s ) {\displaystyle {n \choose s}={n \choose n-s}}

Significado das variáveis ou incógnitas na fórmula: s (do inglês set: conjunto) é o número de elementos escolhidos (parte); n é o número total de elementos (todo).

Dedução

O processo de dedução exige um conhecimento prévio sobre arranjos e análise combinatória. Em um arranjo, a ordem na qual os elementos são dispostos é levada em conta, enquanto na combinação, a ordem na qual são dispostos não interfere no resultado.

Portanto, para se descobrir quantas combinações existem com s {\displaystyle s} elementos de n , {\displaystyle n,} é preciso primeiro descobrir quantos arranjos de s {\displaystyle s} elementos de n {\displaystyle n} existem.

A n s = n ! ( n s ) ! {\displaystyle A_{n}^{s}={\frac {n!}{\left(n-s\right)!}}}

Como nas combinações a ordem dos elementos não importa, e no arranjo, importa, é natural que haja mais arranjos que combinações. Dessa forma, um grande número de arranjos diferentes podem corresponder a uma mesma combinação. Todas as combinações são repetidas o mesmo número de vezes. Para que se possam eliminar essas repetições, é preciso primeiro determinar quantas existem: o número de vezes que cada combinação se repete. Isso se faz descobrindo de quantas formas foram dispostos os s {\displaystyle s} elementos arranjados, ou seja, determinando de quantas formas diferentes os s {\displaystyle s} elementos podem ser arranjados.

A s s = s ! {\displaystyle A_{s}^{s}=s!}

Sabendo o número de arranjos possíveis com s {\displaystyle s} elementos de n , {\displaystyle n,} e o número de vezes que cada combinação com s {\displaystyle s} elementos de n {\displaystyle n} se repete dentro desse número de arranjos, é possível determinar o número de combinações possíveis, dividindo o número de arranjos pelo número de repetições.

C s n = n ! ( n s ) ! s ! {\displaystyle C_{s}^{n}={\frac {\frac {n!}{\left(n-s\right)!}}{s!}}}

Simplificando essa expressão, é obtida a fórmula da combinação:

C s n = n ! s ! ( n s ) ! {\displaystyle C_{s}^{n}={\frac {n!}{s!\cdot \left(n-s\right)!}}}

Triângulo de Pascal

No Triângulo de Pascal, é possível encontrar-se o valor de C n s {\displaystyle C_{n}^{s}} sem usar a fórmula direta. Nesse triângulo, s {\displaystyle s} é o número da coluna e n , {\displaystyle n,} da linha, onde está o valor da combinação. Essa relação é melhor explicada no artigo sobre binômios de Newton.

O triângulo de Pascal é uma representação de uma grelha de números cujas linhas são iniciadas e terminadas pela unidade. Se adicionarmos dois números consecutivos numa linha de posição n então o número situado na linha de posição n + 1 é a soma desses números.

Regra

Uma combinação C s n {\displaystyle C_{s}^{n}} só é possível quando n > 0 {\displaystyle n>0} e 0 s n . {\displaystyle 0\leq {s}\leq {n}.}

Ver também