Dsungaripterus weii tinha uma envergadura de asa de 3 a 3,5 metros (9,8 a 11,5 pés). Como a maioria dos dsungaripteroides, tinha um esqueleto bastante robusto com paredes grossas e proporções corporais robustas, sugerindo um estilo de vida principalmente terrestre. O estilo de voo desses animais não é claro, mas provavelmente foi pontuado por aterrissagens abruptas e batidas extensas.[2] O crânio de Dsungaripterus, de 40 a 50 centímetros de comprimento, tinha uma crista óssea baixa que descia da base do crânio até a metade do bico. A cabeça e o pescoço de Dsungaripterus juntos mediam quase um metro (3,3 pés) de comprimento. Sua característica mais notável são suas mandíbulas longas, estreitas e curvadas para cima com uma ponta pontiaguda. Não tinha dentes na parte frontal de suas mandíbulas, que provavelmente eram usados para remover presas de rachaduras nas rochas e/ou nos ambientes arenosos e lamacentos que habitavam. Tinha dentes chatos nodosos mais na parte de trás da mandíbula que eram adequados para esmagar a armadura de mariscos ou outros objetos duros.[1]Dsungaripterus também tinha um palato semelhante ao dos pterossauros azhdarcoides.[3]
Classificação
Dsungaripterus foi classificado por Yang como um membro dos dsungaripterídeos (Dsungaripteridae). Abaixo está um cladograma mostrando os resultados de uma análise filogenética apresentada por Andres e colegas em 2014. Recuperaram Dsungaripterus dentro do cladoDsungaripteromorpha (um subgrupo dentro de Azhdarchoidea), mais especificamente dentro dos dsungaripterídeos, táxon irmão de Domeykodactylus.[4]
Em 2019, uma topologia diferente, desta vez de Kellner e colegas, foi publicada. Neste estudo, Dsungaripterus foi recuperado fora de Azhdarchoidea, dentro do grupo maior Tapejaroidea, táxon irmão de Noripterus. O cladograma da análise é mostrado abaixo.[5]
↑ abPalmer, D., ed. (1999). The Marshall Illustrated Encyclopedia of Dinosaurs and Prehistoric Animals. Londres: Marshall Editions. p. 105. ISBN 1-84028-152-9
↑Witton, Mark (2013). Pterosaurs: Natural History, Evolution, Anatomy. Princeton University Press. p. 51. ISBN 978-0691150611.
↑Chen, He; Jiang, Shunxing; Kellner, Alexander W. A.; Cheng, Xin; Zhang, Xinjun; Qiu, Rui; Li, Yang; Wang, Xiaolin (1 de abril de 2020). «New anatomical information on Dsungaripterus weii Young, 1964 with focus on the palatal region». PeerJ. 8: e8741. PMC7127482. PMID 32274262. doi:10.7717/peerj.8741
↑Andres, B.; Clark, J.; Xu, X. (2014). «The Earliest Pterodactyloid and the Origin of the Group». Current Biology. 24 (9): 1011–6. PMID 24768054. doi:10.1016/j.cub.2014.03.030
↑Kellner, Alexander W. A.; Weinschütz, Luiz C.; Holgado, Borja; Bantim, Renan A. M.; Sayão, Juliana M. (19 de agosto de 2019). «A new toothless pterosaur (Pterodactyloidea) from Southern Brazil with insights into the paleoecology of a Cretaceous desert». Anais da Academia Brasileira de Ciências (em inglês). 91 (suppl 2): e20190768. ISSN 0001-3765. PMID 31432888. doi:10.1590/0001-3765201920190768
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. PMID 32274262. doi:10.7717/peerj.8741
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