Jon Fosse

Jon Fosse Medalha Nobel
Jon Fosse
Nascimento Jon Olav Fosse
29 de setembro de 1959
Haugesund
Residência Grotten, Hainburg an der Donau
Cidadania Noruega
Cônjuge Grethe Fatima Syéd, Anna Fosse
Alma mater
  • Universidade de Bergen
Ocupação Escritor
Prêmios
  • Prêmio de Literatura Nynorsk (1992)
  • Fundo do padre Alfred Andersson-Rysst (1992)
  • Prémio Samlags (1994)
  • Prémio Aschehoug (1997)
  • Prémio Dobloug (1999)
  • Gyldendal prize (1999)
  • Prêmio de Literatura Nynorsk (2003)
  • Prémio Honorário do Conselho de Artes da Noruega (2003)
  • Prêmio Honorário Brage (2005)
  • Prémio Nórdico da Academia Sueca (2007)
  • Prémio Ibsen (2010)
  • Prémio Mål (2012)
  • Prêmio Europeu de Literatura (2014)
  • Prémio Literário do Conselho Nórdico (2015)
  • honorary doctor of the University of Bergen (2015)
  • Prémio Brage (2021)
  • Prêmio Nobel de Literatura (11 000 000 coroa sueca, for his innovative plays and prose which give voice to the unsayable, 2023)
  • Comendador da Ordem de Santo Olavo (2005)
  • Prêmio Nestroy
  • Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito (2003)
Gênero literário Dramaturgo
Obras destacadas O Nome, Melancholy, Melancholy II, Nightsongs, Dream of Autumn, Morning and Evening, Wakefulness, I Am the Wind, Olav's Dreams, Weariness
Religião catolicismo
[edite no Wikidata]

Jon Olav Fosse (ouça a pronúncia; Haugesund, 29 de setembro de 1959) é um escritor e dramaturgo norueguês.[1]

Desde 2011 que foi concedido a Fosse o "Grotten", uma residência honorária pertencente ao estado norueguês e localizada no Palácio Real de Oslo no centro da cidade de Oslo. O uso do Grotten como residência permanente é uma honra especialmente concedida pelo Rei da Noruega pelas contribuições para as artes e a cultura norueguesas.

Carreira

Depois de estudar literatura, estreou em 1983 com o romance Raudt, svart (Vermelho, preto).[2] A sua primeira peça de teatro, Og aldri skal vi skiljast, foi encenada e publicada em 1994. Fosse havia iniciado a escrita da obra no início dos anos 1990 pois não tinha uma renda regular, só a concluindo mais tarde. Só voltou ao gênero dez anos depois.[2]

Fosse escreveu romances, contos, poesia, livros infantis, ensaios e peças de teatro. As suas obras foram traduzidas em quase 50 idiomas, com suas peças encenadas mais de mil vezes pelo mundo.[2]

Foi nomeado cavaleiro da Ordre national du Mérite de França em 2007[3] e ordenado no número 83 na lista dos primeiros 100 génios vivos pelo The Daily Telegraph.[4] Com frequência é comparado a Samuel Beckett, tendo um estilo minimalista, com linguagem simples, reduzindo a trama ao mínimo e focando no ritmo, musicalidade e pausas.[2]

Fosse fez parte dos consultores literários da Bíblia 2011, uma tradução norueguesa da Bíblia publicada em 2011.[5] Em 2023, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, "pelas suas peças e prosa inovadoras que dão voz ao indizível".[6][1]

Vida Pessoal

Cresceu numa família pietista, tendo um avô quacre, pacifista e esquerdista. Fosse, porém, declarou-se ateu na juventude.[2] Originalmente membro da Igreja da Noruega, converteu-se ao Catolicismo em 2013.[5]

Tocou guitarra no grupo Rocking Chair até a conversão católica.[2]

Tendo casado por três vezes, vive parte do tempo com a sua esposa eslovaca em Hainburg an der Donau, tendo seis filhos. Também tem residência em Bergen.

Obra literária

Peças de teatro

  • Nokon kjem til å komme (Alguém vai chegar) (escrita em 1992–93; primeira encenação em 1996)
  • Og aldri skal vi skiljast (E nunca nos iremos separar) (1994)
  • Namnet (O Nome) (1995)
  • Barnet (A Criança) (1996)
  • Mor og barn (Mãe e Criança) (1997)
  • Sonen (O filho) (1997)[7]
  • Natta syng sine songar (Melodias noturnas) (1997)
  • Gitarmannen (O homem da Guitarra) Monólogo (1999)
  • Ein sommars dag (Um dia de verão) (1999)
  • Draum om hausten (Sonho de outono) (1999)
  • Sov du vesle barnet mitt (Dorme meu menino) (2000)
  • Besøk (Visitas) (2000[7]
  • Vinter (Inverno) (2000)
  • Ettermiddag (À tarde) (2000)
  • Vakkert (Lindo) (2001)
  • Dødsvariasjonar (Variações da Morte) (2001)
  • Jenta i sofaen (A rapariga no sofá) (2002)
  • Lilla (Lilás) (2003)
  • Suzannah (2004)
  • Dei døde hundane (Os cães mortos) (2004)
  • Sa ka la (2004)
  • Varmt (Morno) (2005)
  • Svevn (Dormir) (2005)
  • Rambuku (2006)
  • Skuggar (Sombras) (2006)
  • Eg er vinden (Eu sou o vento) (2007)
  • Desse auga (Estes Olhos) (2009)

Prosa

  • Raudt, svart (Vermelho, negro) Romance (1983)
  • Stengd gitar (Guitarra fechada) Romamnce (1985, 1992, 1997)
  • Blod. Steinen er (Sangue. A pedra é) Novela (1987)
  • Naustet (O barco casa) Romance (1989, 1991, 1997, 1998, 2001)
  • Flaskesamlaren (O apanhador de garrafas) Romance (1991)
  • Bly og vatn (Chumbo e água) Romance (1992)
  • To forteljingar (Dois Contos) Novelas (1993)
  • Prosa frå ein oppvekst (Prosa de um crescido) (1994)
  • Melancholia I. Romance (1995, 1997, 1999)
  • Melancholia II. Romance (1996, 1997, 1999)
  • Eldre kortare prosa med 7 bilete av Camilla Wærenskjold (Prosa curta antiga com 7 retatos de Camilla Wærenskjold) (1998)
  • Morgon og kveld (Manhã e tarde) Romance (2000, 2001)
  • Det er Ales (Este é Ales) Romance (2004, 2005)
  • Andvake (Insónia) Novela (2007)
  • Kortare prosa (Prosa curta) (2011)
  • Olavs draumar (Sonhos de Olav) Romance (2012)
  • Kvitlelk (Brancura) Romance (2023)


Poesia

  • Engel med vatn i augene (1986)
  • Hundens bevegelsar (1990)
  • Hund og engel (1992)
  • Dikt (1986–1992) Revidert samleutgåve (1995)
  • Nye dikt (1991–1994 (1997)
  • Dikt (1986–2001. Samla dikt. Lyrikklubben (2001)
  • Auge i vind (2003)
  • Stein til stein (2013)

Ensaios

  • Frå telling via showing til writing (1989)
  • Gnostiske essay (1999)

Honras e prémios

Notas

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Jon Fosse».

Referências

  1. a b «Jon Fosse» (em norueguês). Grande Enciclopédia Norueguesa. Consultado em 5 de outubro de 2023 
  2. a b c d e f «Um Nobel escandinavo e dramaturgo». Correio do Povo: 17. 6 de outubro de 2023  |acessodata= requer |url= (ajuda)
  3. Alfred Fidjestøl (24 de Outubro de 2007). «Åtvarer mot kjendiseriet». Klassekampen (em Norwegian). Consultado em 18 de novembro de 2014. Cópia arquivada em 29 de dezembro de 2008  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)
  4. Top 100 living geniuses
  5. a b Kjell Kvamme (16 de Novembro de 2013) Jon Fosse katolikk: Som å kome heim Arquivado em 19 de novembro de 2013, no Wayback Machine. Vårt Land. Retrieved 16 November 2013
  6. «The Nobel Prize in Literature 2023». Nobel Prize. 5 de outubro de 2023. Consultado em 5 de outubro de 2023 
  7. a b Fosse, Jon (2005). Plays Four. Col: Modern playwrights. London: Oberon. ISBN 1-84002-479-8 
  8. Fransk heder til Fosse, nrk.no.
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Jon Fosse

Ligações externas

  • Jon Fosse no IMDb
  • Jon Fosse Arquivado em 4 de setembro de 2014, no Wayback Machine. at Doollee.com
  • Vincent Rafis, Mémoire et voix des morts dans le théâtre de Jon Fosse, Les presses du réel, Dijon, 2009: [1]
  • Andrew Dickson: Jon Fosse: 'The idea of writing another play doesn't give me pleasure', The Guardian, 12 de Março de 2014. Consultado em 12 de Novembro de 2018.

Precedido por
Annie Ernaux
Nobel de Literatura
2023
Sucedido por
  • v
  • d
  • e
1901: Prudhomme · 1902: Mommsen · 1903: Bjørnson · 1904: F.MistralEchegaray · 1905: Sienkiewicz · 1906: Carducci · 1907: Kipling · 1908: Eucken · 1909: Lagerlöf · 1910: Heyse · 1911: Maeterlinck · 1912: Hauptmann · 1913: Tagore · 1915: Rolland · 1916: Heidenstam · 1917: GjellerupPontoppidan · 1919: Spitteler · 1920: Hamsun · 1921: France · 1922: Benavente · 1923: Yeats · 1924: Reymont · 1925: Shaw · 1926: Deledda · 1927: Bergson · 1928: Undset · 1929: Mann · 1930: Lewis · 1931: Karlfeldt · 1932: Galsworthy · 1933: Bunin · 1934: Pirandello · 1936: O'Neill · 1937: Gard · 1938: Buck · 1939: Sillanpää · 1944: Jensen · 1945: G.Mistral · 1946: Hesse · 1947: Gide · 1948: Eliot · 1949: Faulkner · 1950: Russell · 1951: Lagerkvist · 1952: Mauriac · 1953: Churchill · 1954: Hemingway · 1955: Laxness · 1956: Jiménez · 1957: Camus · 1958: Pasternak · 1959: Quasimodo · 1960: Perse · 1961: Andrić · 1962: Steinbeck · 1963: Seferis · 1964: Sartre · 1965: Sholokhov · 1966: AgnonSachs · 1967: Asturias · 1968: Kawabata · 1969: Beckett · 1970: Soljenítsin · 1971: Neruda · 1972: Böll · 1973: White · 1974: JohnsonMartinson · 1975: Montale · 1976: Bellow · 1977: Aleixandre · 1978: Singer · 1979: Elytis · 1980: Miłosz · 1981: Canetti · 1982: García Márquez · 1983: Golding · 1984: Seifert · 1985: Simon · 1986: Soyinka · 1987: Brodsky · 1988: Mahfouz · 1989: Cela · 1990: Paz · 1991: Gordimer · 1992: Walcott · 1993: Morrison · 1994: Oe · 1995: Heaney · 1996: Szymborska · 1997: Fo · 1998: Saramago · 1999: Grass · 2000: Gao · 2001: Naipaul · 2002: Kertész · 2003: Coetzee · 2004: Jelinek · 2005: Pinter · 2006: Pamuk · 2007: Lessing · 2008: Le Clézio · 2009: Müller · 2010: Vargas Llosa · 2011: Tranströmer · 2012: Mo · 2013: Munro · 2014: Modiano · 2015: Alexijevich · 2016: Dylan · 2017: Ishiguro · 2018: Tokarczuk · 2019: Handke · 2020: Glück · 2021: Gurnah · 2022: Ernaux · 2023: Fosse
Laureados (1901—1925) • Laureados (1926—1950)• Laureados (1951—1975) • Laureados (1976—2000) • Laureados (2001—2023)
  • Portal de biografias
  • Portal da literatura
  • Portal da Noruega
Controle de autoridade