Micrurus corallinus

Como ler uma infocaixa de taxonomiaMicrurus corallinus

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Superfilo: Deuterostomia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Ophidia
Superfamília: Xenophidia
Família: Elapidae
Género: Micrurus
Espécie: M. corallinus
Nome binomial
Micrurus corallinus
(Merrem, 1820)

A Micrurus corallinus é uma das espécies da cobra-coral, coral verdadeira e boicorá e é uma das serpentes mais venenosas do Brasil.[1]

Características gerais

A Micrurus corallinus (cobra-coral verdadeira) possui anéis pretos simples, entre dois brancos bem delineados e delimitados. Esta espécie habita preferencialmente a região próxima ao litoral e difere das demais corais brasileiras, que apresentam tríades de anéis pretos entre os vermelhos e habitam o planalto.

As corais têm hábitos noturnos, vivem sob o solo, folhas, troncos em decomposição, raízes e pedras. Não são agressivas, oferecendo risco somente quando manuseadas ou acuadas. Suas presas de veneno são fixas (dentição proteróglifa) e pequenas, localizadas na parte anterior da boca, por isso elas mordem em vez de picar. Ainda assim, esta é uma das corais de veneno mais ativo no homem, podendo causar a morte em pouco tempo.

As corais, a exemplo de outros répteis, apresentam maior atividade externa nos meses quentes e chuvosos que nos frios e secos. Após as chuvas elas saem atrás de alimentos, preferencialmente sapos e rãs, mas, também, insetos, outros répteis, etc.

Seu comprimento é em torno de 60 cm nos machos e 70 cm nas fêmeas. Os acasalamentos ocorrem na primavera e com a maior atividade externa há, também, um incremento nos acidentes e picadas. Além da diferença de tamanho, há um dimorfismo sexual evidente: a cauda dos machos é maior e mais grossa, apresentando 6 ou 7 anéis pretos, enquanto a das fêmeas tem 4 ou 5.

Distribuição geográfica

A Micrurus corallinus tem como hábitat principalmente o litoral e a Mata Atlântica, estendendo-se aos estados da Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Referências

  1. a b Cacciali, P., Carreira, S., Fitzgerald, L., Giraudo, A., Kacoliris, F., Montero, R. & Scott, N. (2019). Micrurus corallinus (em inglês). IUCN 2019. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2019​: e.T56040806A56040867. doi:10.2305/IUCN.UK.2019-3.RLTS.T56040806A56040867.en Página visitada em 28 de outubro de 2021.
  • v
  • d
  • e
Elapidae
(Corais-verdadeiras)
Leptomicrurus
Micrurus
Viperidae
(Jararacas, urutus, cascavel e surucucu)
Bothrocophias
  • jararaca-bicuda (Bothrocophias hyoprora )
  • jararaquinha (Bothrocophias microphthalmus)
Bothrops
  • jararaca-de-alcatraz (B. alcatraz)
  • urutu-cruzeiro (B. alternatus)
  • jararaca-do-norte (B. atrox)
  • jararaca-verde (B. bilineatus)
  • jararaca (B. brazili)
  • cotiara (B. cotiara)
  • jararaca-pintada (B. diporus)
  • jararaca-da-seca (B. erythromelas)
  • jararaca (B. fonsecai)
  • jararaca-ilhoa (B. insularis)
  • jararaca (B. itapetiningae)
  • jararaca-da-mata (B. jararaca)
  • jararacuçu (B. jararacussu)
  • jararaca (B. leucurus)
  • jararaca-pintada (B. lutzi)
  • jararaca (B. marajoensis)
  • jararaca-pintada (B. marmoratus)
  • boca-de-sapo (B. mattogrossensis)
  • caissaca (B. moojeni)
  • jararaca (B. muriciensis)
  • jararaca-cruzeira (B. neuwiedi)
  • jararaca (B. otavioi)
  • jararaca-pintada (B. pauloensis)
  • jararaca-tapete (B. pirajai)
  • jararaca-pintada (B. pubescens)
  • jararaca-cinza (B. taeniatus)
Crotalus
  • cascavel (Crotalus durissus)
Lachesis
  • surucucu (Lachesis muta)
Répteis do Brasil