Parque Nacional da Serra da Bodoquena

Parque Nacional da Serra da Bodoquena
Categoria II da IUCN (Parque Nacional)
Parque Nacional da Serra da Bodoquena
Vista da Serra da Bodoquena.
Localização  Mato Grosso do Sul,  Brasil.
Dados
Área 78,681 ha
Criação 21 de setembro de 2000
Gestão ICMBio
Coordenadas 21° 15' 56" S 56° 42' 10" O
Parque Nacional da Serra da Bodoquena está localizado em: Brasil
Parque Nacional da Serra da Bodoquena
Abismo Anhumas
O rio Sucuri, na Serra da Bodoquena.
Macaco-prego no parque nacional.
Raios de Sol por cima da serra durante uma tempestade.

O Parque Nacional da Serra da Bodoquena, criado em novembro de 2000, com 76.400 ha, é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Serra da Bodoquena, situada na borda sudoeste do Complexo do Pantanal, no estado do Mato Grosso do Sul, é um dos mais interessantes ecossistemas do Pantanal. É formada pelas cidades de Porto Murtinho, Bonito, Jardim, Miranda e Bodoquena.

Conservação

O parque é classificado como área de proteção II da IUCN (parque nacional). Tem como objetivo preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando pesquisas científicas, educação ambiental, recreação ao ar livre e ecoturismo.[1] As espécies protegidas incluem o cascudo-cego (Ancistrus formoso), a onça-pintada (Panthera onca) e o puma (Puma concolor).[2]

Geografia

O parque pertence ao bioma cerrado. Abrange uma área de 77.022 hectares, foi criada em 21 de setembro de 2000 e é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.[2] O parque fica na Reserva da Biosfera do Pantanal, que também inclui os parques nacionais do Pantanal, Chapada dos Guimarães e Emas, além dos parques estaduais da Serra de Santa Bárbara, Nascentes do Rio Taquari e Pantanal do Rio Negro.[3] Abrange partes dos municípios de Porto Murtinho, Jardim, Bonito e Bodoquena, no Mato Grosso do Sul.[1]

Geologia

Tufas calcárias modernas e antigas, estas últimas situadas em canais de drenagem abandonados, apresentam excelentes moldes de folhas, os quais, juntamente com estudos de isótopos de carbono e oxigênio, possibilitam interpretações paleoclimáticas e paleo-hidrológicas. Além deste interesse científico, as tufas calcárias formam conjuntos paisagísticos de inusitada beleza, muito procurados pelos turistas, motivos estes que implicam na necessidade de preservação deste depósitos e atenção especial para a qualidade das águas de seus rios, do que depende a continuidade do processo de formação destes depósitos

Hidrografia

Os rios da região são conhecidos por suas águas muito cristalinas e bicarbonatadas, de gosto salobro. Tal transparência deve-se aos seguintes fatores: a saída da nascente com pouquíssima turbidez, não adquirindo argila em seu movimento, nas nascentes rochas calcárias muito puras evitam a presença de argila. Este calcário presente nos rios que vem de tais rochas presentes nas nascentes age como um filtro, depositando as impurezas no fundo, onde rochas encontram-se em permanente dissolução e através de fraturas no solo formam cavernas, abismos e condutos subterrâneos

Flora

Além do cerrado, vegetação típica do Brasil Central, encontra-se nos topos de morros, solos calcários e afloramentos rochosos onde ocorre a Floresta Estacional Decidual, onde as plantas perdem todas as folhas na época da estiagem. Em outros ambientes está presente a Floresta Estacional Semidecidual, que perde apenas parte das folhas no neste mesmo período. As matas ciliares presentes nas beiras dos rios e cursos de água, perdem poucas folhas, possibilitando que a umidade seja grande em toda mata.Além, disso a mata ciliar faz papel de em grande protetor das águas cristalinas dos rios, protegendo o solo das chuvas fortes e evitando que o rio seja assoreado por montes de terra levados por estas.

Fauna

A fauna no Planalto da Bodoquena é interessante por seus hábitos. No período seco o agito deles é sinal de que para proporcionar o nascimento de seus filhotes no período da primavera e cresçam quando a oferta de alimentos é maior. Existe simbiose muito harmoniosa entre as espécies da Serra da Bodoquena. Pássaros e capivaras são um exemplo, afinal as pulgas viram alimentos para os pássaros e a capivara ganha limpeza. O mesmo ocorre com os jacarés do papo amarelo, comuns na região e as borboletas. Até o momento se conhece mais de 340 espécies de aves, 195 de mamíferos e 50 de peixes.[2]

Clima

O clima tropical, com temperatura média variando de 25 a 30° C no verão de 15 a 20º C no inverno, podendo atingir 0 a 40 º C. O verão é chuvoso, e o inverno seco são as duas estações presentes no Planalto da Bodoquena. A média pluviométrica varia de 1200 a 1500 mm anuais e o período seco dura 3 a 4 meses com breves estiagens de maio a agosto. No Planalto da Bodoquena, situado na borda sudeste do complexo do Pantanal, Estado de Mato Grosso do Sul, encontram-se em desenvolvimento inúmeros depósitos de tufas calcárias ao longo da drenagem atual na forma de cachoeiras e barragens naturais. A turbidez das águas dos rios é praticamente nula, e isto se deve ao fato de suas cabeceiras, que cortam o planalto e desembocam na margem esquerda do Rio Miranda, situarem-se em áreas de exposição de calcários muito puros.

Ver também

Referências

Bibliografia

  • Carrijo, Martha GilkaGutiérrez; Torrecilha, Sylvia (Junho de 2009), Plano de Manejo do Parque Estadual das Nascentes do Taquari (PDF), Campo Grande – Mato Grosso do Sul: IMASUL: Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, consultado em 13 de dezembro de 2016 
  • Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, consultado em 2 de maio de 2016 
  • Unidade de Conservação: Parque Nacional da Serra da Bodoquena (em Portuguese), MMA: Ministério do Meio Ambiente, consultado em 2 de maio de 2016  !CS1 manut: Língua não reconhecida (link)

Ligações externas

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