Série 351 a 370 da CP
Série 351 a 370 | |
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Locomotiva 355 a entrar no Rossio, na Década de 1910. | |
Descrição | |
Propulsão | Vapor |
Fabricante | Henschel & Sohn |
Tipo de serviço | Via |
Características | |
Bitola | Bitola ibérica |
Operação | |
Ano da entrada em serviço | 1911-1913 |
A Série 351 a 370 foi um tipo de locomotiva a tracção a vapor, utilizada pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.
História
As locomotivas desta série foram fabricadas entre 1911 e 1913 na Alemanha, pela firma Henschel & Sohn.[1][2] Devido às elevadas velocidades que podiam atingir e manter, foram adquiridas pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses para realizar os comboios rápidos na Linha do Norte, serviços que depressa tomaram exclusivamente devido às suas prestações.[1][2] Uma das locomotivas desta série ganhou destaque pouco depois do final da Primeira Guerra Mundial quando rebocou, a uma velocidade média de 110 km/h, um comboio especial entre Lisboa e o Entroncamento, onde viajava a bordo o general francês Joseph Joffre. [2] Devido à natureza do percurso, estima-se que o comboio tenha atingido velocidades de ponta de cerca de 130 km/h.[2]
Em Maio de 1911, a Companhia já tinha realizado várias experiências com estas locomotivas, com excelentes resultados.[3] Em Junho, já estavam ao serviço, rebocando os comboios rápidos para o Porto e Madrid, e o Sud Expresso,[4] escalas que posteriormente partilharam com as locomotivas da Série 501 a 508.[5] Nestes serviços eram normalmente utilizados os melhores maquinistas que a CP dispunha.[5] Na década de 1960, já nos últimos anos de vida útil, foram enviadas para o Barreiro, junto com as sobreviventes das Séries 551 a 560 e 501 a 508, para rebocarem comboios de passageiros entre o Barreiro e Funcheira via Beja.[5]
A locomotiva com o número 357 encontra-se preservada no Museu Nacional Ferroviário no Entroncamento.[carece de fontes?]
Descrição
Esta Série consistia em dez locomotivas com tender, numeradas de 351 a 370.[2] Foram as primeiras locomotivas em Portugal a utilizar o sistema compound, de quatro cilindros e vapor sobreaquecido.[2] Eram do tipo Du Bousquet-De Glehn.[2][1]
Entre os vários serviços rebocados por esta série, encontravam-se o Sud Expresso[6], e os comboios rápidos na Linha do Norte, como o Flecha de Prata.[7][1] Também foram responsáveis por comboios de passageiros na Linha do Alentejo, e o Lusitânia Expresso ate Valência de Alcântara.[5]
Ficha técnica
Características gerais
- Tipo de tracção: Vapor[6]
- Fabricante: Henschel & Sohn[1]
- Entrada ao serviço: 1911-1913[1][2]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e f REIS et al, 2006:57
- ↑ a b c d e f g h Martins et al, 1996:89-90
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 74 (1761). Lisboa. 1 de Maio de 1961. p. 78. Consultado em 5 de Agosto de 2012 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 74 (1764). Lisboa. 16 de Junho de 1961. p. 126. Consultado em 5 de Agosto de 2012 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
- ↑ a b c d SILVA, José Eduardo Neto da (2005). «As locomotivas "Pacific" da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses». Foguete. Volume 4 (13). Entroncamento: Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário. p. 41-46. ISSN 124550 Verifique
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(ajuda) - ↑ a b REIS et al, 2006:56
- ↑ REIS et al, 2006:100
Bibliografia
- MARTINS, João; BRION, Madalena; SOUSA, Miguel de; et al. (1996). O Caminho de Ferro Revisitado. O Caminho de Ferro em Portugal de 1856 a 1996. Lisboa: Caminhos de Ferro Portugueses. 446 páginas !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
- REIS, Francisco Cardoso dos; GOMES, Rosa Maria; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. [S.l.]: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN 989-619-078-X !CS1 manut: Uso explícito de et al. (link) !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
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Tipologia ↓ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica: IP: 25 kV / 50 kHz ou (*) 1500 V; outras redes q.v. | ← Tracção | ||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço (ou uso ocasional) | em serviço | Bitola ↓ | ||||||||
Rede IP (Notas: A itálico, séries com uso partilhado entre a C.P. e outras empresas, simult. ou não; a itálico sublinhado, séries usadas exclusivamente por outra empresa.) | ||||||||||||
automotoras | “592” | remodelados | M1 0050 0100 0500 0750 0600 0650 | 1001 Z1 | 2000 2050 2080 ABm1-18→ | remodelados | 2300 2400 3400 3500 4000 | 1668 mm (ibérica) | ||||
VIP⎱ 0350⎰ 0450← | ←0300 ←0400 | 2100⎫ 2150⎬ 2200⎭ ⎰*3100→ ⎱*3200→ | →2240 →3150* →3250* | |||||||||
9630 | 9500← | ←9700─╮ 9400←╯ | ME1 ME21 9050 9100 9300 9600 | (Vale do Lima) | (não existe atualmente tração elétrica na rede ferroviária métrica da IP) | 1000 mm (métrica) | ||||||
locomotivas | 9000 9020 Lydya |
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1200 1400 1500 1520 1900 1930 6000 | 1300 1320 1550 1800 1960 |
| 2500 2550 3300* | 2600 2620 4700 5600 | 1668 mm (ibérica) | |||||||
locotratoras | 1150 | 1000 1020 1050 1100 | 005 | |||||||||
Redes locais (excl. sistemas de frota fixa específica, como funiculares e teleféricos) | ||||||||||||
bondes |
| STCP200 STCP270 STCP280 | 1435 mm (padrão) | |||||||||
automotoras | ML7 ML79 | ML90 ML95 ML97 ML99 ML200 | ||||||||||
LRVs, articulados | MP000 MP100 MP200 C000 | |||||||||||
CCFL501 CCFL601 | 900 mm | |||||||||||
bondes | TUB1 |
| CCFL001 CCFL003 CCFL005 CCFL541 CCFL701 CCFL737 | |||||||||
(PdV-VdC) | (CCFTNA) (CFPLER) | SMTUC01 SMTUC03 SMTUC16 | (CSA) | 1000 mm (métrica) | ||||||||
locomotivas | CSA 23074 | (Pomarão) | ||||||||||
(Transpraia) (P.d’El-Rei) | (Mira) (CFPL) | 600 mm | ||||||||||
(JAPH) N0(JAPPD) | 2140 mm | |||||||||||
Estado → | em serviço | fora de serviço | em serviço | Bitola ↑ | ||||||||
Tipologia ↑ | diesel / gasolina / gasogénio | vapor: carvão / óleo | elétrica | ← Tracção | ||||||||
Ver também: Linhas • Serviços • Empresas • Multimédia • Acidentes |