Templo de Castor e Pólux

Templo de Castor e Pólux
Templo de Castor e Pólux
Templo de Castor e Pólux
Templo de Castor e Pólux
Gravura de Piranesi (séc. XVIII)
Tipo Templo romano
Construção 495
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização VIII Região - Fórum Romano
Coordenadas

Coordenadas: 41° 53' 29.88" N 12° 29' 8.74" E

41° 53' 29.88" N 12° 29' 8.74" E
Templo de Castor e Pólux está localizado em: Roma
Templo de Castor e Pólux
Templo de Castor e Pólux

Templo de Castor e Pólux (em italiano: Tempio dei Dioscuri) ou Templo dos Dióscuros é um antigo templo no Fórum Romano dedicado aos irmãos Castor e Pólux[1] e construído originalmente como agradecimento pela vitória na Batalha do Lago Regilo (495 a.C.). Castor e Pólux (em grego: Πολυδεύκης; romaniz.:Polydeúces) eram os dióscuros, os "gêmeos" da constelação de Gemini, os filhos de Zeus (Júpiter) e Leda, cujo culto chegou a Roma vindo da Grécia através da Magna Grécia no sul da Itália.[2]

Fundação

Moeda romana representando os dióscuros

O último rei de Roma, Lúcio Tarquínio Soberbo, e seus aliados, os latinos, declararam guerra contra a ainda incipiente República Romana. Antes da batalha, o ditador Aulo Postúmio Albo Regilense jurou construir um templo aos Dióscuros se Roma vencesse.

De acordo com a lenda, Castor e Pólux apareceram no campo de batalha como dois habilidosos cavaleiros para socorrer os romanos. E, depois que a batalha foi vencida, apareceram novamente no Fórum Romano para dar água aos seus cavalos na Fonte de Juturna (Lacus Juturnae), anunciando assim sua vitória. O templo foi construído no exato local onde eles teriam aparecido.

Um dos filhos de Postúmio foi eleito duúnviro para dedicar o templo em 15 de julho (os idos de julho) de 484 a.C..[3]

História

Detalhe dos capitéis coríntios e o que restou do entablamento.

Durante o período republicano, o templo serviu como ponto de encontro para o Senado Romano e, a partir de meados do século II a.C., a frente do pódio passou a servir como plataforma para quem estivesse falando. Durante o período imperial, o templo abrigava o escritório de pesos e medidas e serviu como depósito para o tesouro do estado.

O templo arcaico foi completamente reconstruído e ampliado em 117 a.C. por Lúcio Cecílio Metelo Dalmácio depois de sua vitória sobre os dálmatas. Caio Verres restaurou-o novamente em 73 a.C. Em 14 a.C., um incêndio destruiu boa parte do fórum, inclusive o templo, e Tibério, o filho adotivo de Augusto (e filho natural de Lívia), e seu herdeiro, reconstruiu-o. O templo de Tibério foi dedicado em 6 d.C. e as ruínas visíveis atualmente são deste templo, com exceção do pódio, que é da época de Metelo.

De acordo com Edward Gibbon, o templo de Castor e Pólux servia como um local para encontros secretos do Senado Romano. Segundo ele, a revolta senatorial contra o imperador Maximino Trácio em favor do futuro imperador Gordiano I foi instigado ali em 237.

O templo provavelmente já estava desabando no século IV, quando uma parede em frente à Fonte Juturna foi erigida utilizando material reutilizado. Nada se sabe sobre sua história até o século XV, quando apenas três colunas do edifício original ainda estavam de pé. A rua que corria em frente ao edifício já era chamada de "Via do Trio Colunado" (em latim: Via Trium Columnarum) na época.

Em 1760, os Conservadores, temendo um desabamento iminente das colunas, erigiram um andaime para efetuar reparos. Tanto Piranesi quanto o jovem arquiteto inglês George Dance, o Jovem, conseguiram subir e realizaram diversas medidas. Dance mandou fazer "um modelo do melhor exemplo da ordem coríntia provavelmente do mundo inteiro", como ele mesmo reportou ao seu pai.[4]

Hoje o pódio ainda está no local, mas sem o revestimento, assim como as três colunas e um pedaço do entablamento, uma das mais famosas imagens do Fórum Romano.

Arquitetura

O templo octostilo era peripteral, com oito colunas coríntias nos lados mais estreitos e onze nos mais longos. Havia uma única cela pavimentada com mosaicos. O pódio mede 32 x 49,5 metros e 7 metros de altura. O edifício foi construído em opus caementicium e estava originalmente revestido com lajes de tufo, removidas depois. De acordo com fontes antigas, o templo tinha uma escadaria central única que dava acesso ao pódio, mas as escavações identificaram duas outras escadas laterais.

Arqueologia

O complexo do templo foi escavado e estudado entre 1983 e 1989 por uma missão arqueológica conjunta das acadêmias nórdicas em Roma, lideradas por Inge Nielsen e B. Poulsen.[5]

Localização

Planimetria do Fórum Romano
Arco de
Fábio
Puteal
Escriboniano
Basílica
Semprônia
Templo 
da
Concórdia
Templo de
Castor
Templo de
Vesta
Basílica
Fúlvia - Emília
Templo de
Saturno
Comício
Cúria
Hostília
Basílica
Pórcia
Senáculo
Altar de
Saturno
Basílica
Opímia
Basílica
Júlia
Templo de
Castor
Templo de
Vesta
Basílica
Emília
Templo
de César
Templo
de Antonino
e Faustina
Arco
de Augusto
Cúria
Júlia
Templo de
Saturno
Templo da
Concórdia
Templo de
Vespasiano
Pórtico dos
Deuses
Harmoniosos
Arco de
Septímio Severo
Planta do Fórum romano republicano.
Planta do Fórum romano imperial.


Referências

  1. L. Richardson, jr (1 de outubro de 1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome. [S.l.]: JHU Press. pp. 75–. ISBN 978-0-8018-4300-6 
  2. John Henry Parker (1879). The Archaeology of Rome: Forum romanum et magnum. [S.l.]: J. Parker. pp. 33– 
  3. Lívio, Ab urbe condita, 2.42
  4. Citado em Frank Salmon, "'Storming the Campo Vaccino': British Architects and the Antique Buildings of Rome after Waterloo" Architectural History 38 (1995:146-175) p. 149f.
  5. Pia Guldager Bilde; Birte Poulsen (2008). The Temple of Castor and Pollux Ii,1: The Finds. [S.l.]: L'ERMA di BRETSCHNEIDER. pp. 141–. ISBN 978-88-8265-463-4 

Ligações externas

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  • «Aedes Castoris in Foro Romano» (em inglês). Platner's Topographical Dictionary of Ancient Rome 
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