Jaime de Morais

Jaime de Morais
Jaime de Morais
Governador-geral da Índia
Período 1920-1925
Antecessor(a) Augusto da Paiva Bobela da Mota
Sucessor(a) Francisco Maria Peixoto Vieira
Governador-geral de Angola (Interino)
Período 1917-1918
Antecessor(a) Pedro Francisco Massano de Amorim
Sucessor(a) Filomeno da Câmara de Melo Cabral
Dados pessoais
Nascimento 13 de julho de 1882
Macedo de Cavaleiros, Chacim, Reino de Portugal Portugal
Morte 20 de dezembro de 1973 (91 anos)
Niterói, Brasil Brasil

Jaime Alberto de Castro de Morais ComTEMOVMGOCComAComSEMPCEMCC (Macedo de Cavaleiros, Chacim, 13 de Julho de 1882Niterói, Brasil, 20 de Dezembro de 1973), mais conhecido por Jaime de Morais, foi um médico e oficial da Armada Portuguesa que se distinguiu na oposição ao regime ditatorial saído do Golpe de 28 de Maio de 1926. Entre outras funções foi governador-geral de Angola e governador da Índia Portuguesa.

Biografia

Nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, filho de Américo Augusto Pires de Morais e de sua mulher Margarida Cândida Pereira de Castro.

Concluiu em 1904 o curso de Medicina na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Ingressou em Setembro de 1905 na Armada Portuguesa como guarda-marinha destinado a seguir a carreira de médico naval.

Entre 1906 e 1910 esteve colocado na Divisão Naval do Atlântico Sul, estando em 1908 ao serviço da Estação Naval da Guiné, participando então na campanha conduzida pelo governador João Augusto de Oliveira Muzanty contra os povos Biafadas e Papéis da região de Bissau.

No desenvolvimento da sua carreira naval fez parte da guarnição de diversos navios de guerra, entre os quais o cruzador D. Carlos I (depois rebaptizado cruzador Almirante Reis), a canhoneira Dio, o transporte Salvador Correia e o vapor Liberal. Entretanto foi promovido a segundo-tenente em 1909 e a primeiro-tenente em 1910, ano em que regressou a Portugal.

Participou activamente na revolução que a 5 de Outubro de 1910 levou à implantação da República Portuguesa. Foi então nomeado secretário do capitão-de-mar-e-guerra Amaro Justiniano de Azevedo Gomes quando aquele oficial assumiu as funções de Ministro da Marinha e Colónias do Governo Provisório da República Portuguesa.

Em Janeiro de 1911 foi enviado para Luanda no cargo de secretário-geral do governo de Angola, mantendo-se nessas funções até Fevereiro do ano seguinte, regressando então a Lisboa.

Em Janeiro de 1914 foi nomeado governador do Distrito do Congo, na então colónia de Angola. Ao tempo, as populações do território que integrava aquela jurisdição estavam em plena insurreição contra o domínio colonial português, pelo que poucos dias após a sua chegada foi obrigado a assumir o comando de uma coluna militar destinada a subjugar as populações da área de São Salvador do Congo, Nóqui e Bembe.

Em Outubro daquele ano de 1914, conseguiu aprisionar o chefe indígena Buta, que liderava o movimento insurreccional, resultado do êxito nas operações militares que conduziu ao comando de uma força composta por 5 companhias de infantaria recrutadas entre os povos locais. Subjugada a insurreição, conseguiu proceder à ocupação do território do distrito e ainda de cerca de 40 000 km² nos distritos vizinhos de Cuanza Norte e de Malange.

Ao longo da sua permanência nas colónias portuguesas de África integrou como médico militar as forças portuguesas que conduziram algumas das chamadas campanhas de pacificação da Guiné e de Angola, durante as quais se salientou pela sua coragem e denodo.

Atingiu o posto de capitão-tenente em 1917, sendo em Setembro desse ano nomeado governador-geral interino de Angola, sucedendo no cargo ao governador-geral Pedro Massano de Amorim. Aquando da sua tomada de posse a situação em Angola era extremamente grave, pois em Maio daquele ano, as populações da região de Seles e de Angoche tinham-se revoltado em consequência dos esbulhos, as perseguições, as prepotências e injustiças praticadas pelos agricultores e comerciantes estabelecidos na região[1] e a revolta alastrara a outras zonas.

Quando chegou a Angola, o seu antecessor, Massano de Amorim, tinha ido para o teatro de operações e com ajuda de forças do Bailundo esmagou a revolta nos últimos dias do seu mandato, pois embarcou em Outubro de 1917 para Lisboa, sendo demitido em Janeiro de 1918. Como governador interino, Jaime de Morais teve de conduzir a fase final das operações e extinguir os últimos focos de sublevação, o que conseguiu, prosseguindo com a ocupação de vastos territórios, sobretudo em Malange e Cuanza Norte.

Quando Sidónio Pais assumiu o governo, Jaime de Morais, que não podia concordar com as políticas do sidonismo, solicitou a demissão, mas apenas foi substituído a 15 de Setembro de 1918 por Filomeno da Câmara de Melo Cabral. Entretanto publicara uma portaria declarando findo o estado de guerra em Angola, onde apenas região dos Dembos permanecia sublevada.

Pouco tempo depois de ter regressado a Portugal, liderou, com Álvaro de Castro, Cunha Leal, António Granjo e Júlio Martins, o Movimento de Santarém, uma sublevação militar contra o governo levada a cabo a 10 de Janeiro de 1919.

Integrou as forças pró-republicanas que sob o comando do general Augusto César Ribeiro de Carvalho, no ano de 1919, derrotaram em Chaves a Monarquia do Norte.

A 17 de Abril de 1919 foi feito Comendador da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e a 13 de Junho de 1919 foi feito Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.[2]

Foi Governador da Índia Portuguesa entre Outubro de 1919 e Abril de 1925, data em que regressou a Portugal. O seu desempenho naquela colónia traduziu-se por uma administração exemplar, que mereceu a concordância dos meios coloniais portugueses. Conduziu uma política de normalização e de estabilização das relações com as populações locais e com as autoridades britânicas da vizinha Índia Britânica, obteve o equilíbrio orçamental da colónia e realizou uma política de fomento de grande fôlego.

A 5 de Outubro de 1922 foi feito Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis e a 14 de Outubro de 1925 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.[2]

Após o seu regresso a Portugal fez parte de uma comissão nomeada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros para dar parecer sobre a mão-de-obra nas colónias e da comissão encarregada de determinar o investimento público feito nas colónias portuguesas para ser apresentado pela delegação portuguesa na Sociedade das Nações.

Após a implantação da Ditadura Nacional em 1926 ainda foi convidado por João Belo, o Ministro das Colónias do novo governo, para os cargos de governador do Banco de Angola e para alto comissário da República em Moçambique. Apenas aceitou, em Outubro de 1926, integrar o Conselho Superior das Colónias. Pouco depois passou a liderar o movimento militar de oposição ao regime, participando em múltiplas acções do Reviralhismo, entre as quais na Revolta de 3 de Fevereiro de 1927, no Porto, de que foi um dos líderes.

Refugiou-se em Espanha, sendo julgado à revelia e demitido da Armada Portuguesa. A 1 de Maio de 1928, quando estava clandestinamente em Portugal, foi preso e, três dias depois, deportado para a ilha de São Tomé por pertencer a um comité revolucionário que conspirava contra o governo da Ditadura Nacional. Em Outubro daquele ano fugiu da ilha e exilou-se em França, país onde permanece até 1931. Após a instauração naquele ano da Segunda República Espanhola, instala-se em Madrid, constituindo com Jaime Zuzarte Cortesão e Alberto Moura Pinto, o Grupo de Madrid, que depois viria a ser conhecido pelo Grupo dos Budas.

Implicado no incidente do navio Turqueza que revelou uma operação de compra de armas e seu contrabando para os revolucionários portugueses, foi obrigado a partir para França, onde permanece até ao início da Guerra Civil Espanhola. Regressa então a Espanha onde em Novembro de 1936 foi um dos subscritores do manifesto de solidariedade dos emigrados portugueses para com os republicanos espanhóis que foi publicado no jornal El Sol, demarcando-se da posição do governo do Estado Novo.

Participa activamente nas reuniões de exilados políticos portugueses realizadas em Madrid e Paris, visando a fundação da Frente Popular Portuguesa e por várias vezes visita clandestinamente Portugal com o objectivo de contactar grupos revolucionários civis e militares.

Durante a Guerra Civil Espanhola esteve em Barcelona como repórter do jornal UNIR, órgão da Frente de Portugueses Exilados. Nesse período giza o chamado Plano L (1938) com vista à invasão de Portugal, por terra e mar, com o apoio dos republicanos espanhóis. O plano gorou-se com a derrota dos republicanos.

No fim da guerra civil, foi feito prisioneiro e internado num campo de concentração espanhol. Libertado, atravessou clandestinamente a França, país onde desde 1935 existia um mandato de prisão contra ele em resultado do contrabando de armas. Refugiou-se na Bélgica, de onde partiu para França resolvida a questão judicial existente contra ele.

Fixado em Paris, em Setembro de 1939, quando se desencadeou a Segunda Guerra Mundial, em companhia de Agatão Lança, entregou na embaixada de Portugal em Paris uma declaração assinada pelo antigo Presidente da República, Bernardino Machado, em nome dos republicanos portugueses exilados em França, afirmando os sentimentos de solidariedade dos emigrados com todos os portugueses, sem distinção de partidos.

Em 1940, em resultado da tomada de Paris pelo exército da Alemanha Nazi, tentou entrar clandestinamente em Portugal pela fronteira de Vilar Formoso, mas foi preso e expulso do território nacional, partindo para o exílio no Brasil.

Durante a realização da Conferência de São Francisco, em 1945, foi aceite como observador em representação dos portugueses exilados no Brasil, desenvolvendo, sem sucesso, uma vigorosa campanha junto da comunidade internacional contra o regime do Estado Novo.

Apesar de amnistiado em 1950, e reintegrado no posto de capitão-tenente na situação de reforma, apenas visitou Portugal em 1952 pois fixou-se no Brasil, onde se dedicou ao comércio. Manteve sempre a sua acção como opositor ao salazarismo.

Faleceu em Niterói a 20 de Dezembro de 1973, poucos meses antes da queda do regime corporativista em Portugal.

Jaime de Castro Morais foi condecorado com a comenda da Ordem da Coroa da Bélgica (pelos serviços prestados ao Congo Belga).

Recebeu a Medalha Militar de Prata de Comportamento Exemplar e a Medalha Comemorativa das Campanhas da Guiné 1908. Era também detentor da Medalha de Ouro de Valor Militar com Palma por serviço em campanha, da Medalha de Ouro da Campanha do Congo (1914-1917) e da Medalha de Ouro da Campanha de Angola (1915-1918).

Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1909 na Loja Independência Nacional, em Luanda, com o nome simbólico de Saint Just.[3]

Notas

  1. Relatório de Massano de Amorim.
  2. a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jaime Alberto de Castro de Morais". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de outubro de 2015 
  3. Oliveira Marques, A. H. (1985). Dicionário da Maçonaria Portuguesa. Lisboa: Delta. p. 1003 
  • Fernando Rosas e J. M. Brandão de Brito (direcção), Dicionário de História do Estado Novo, 2 volumes. Lisboa: Círculo de Leitores, 1996.
  • Barroso da Fonte (coordenador), Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses, vol. 2. Guimarães: Editora Cidade Berço, 1998.

Ligações externas

  • Nota biográfica de Castro Morais
  • Notícia biográfica de Castro Morais
  • Terras do Fim do Mundo - Campanhas do Kuamato (1905, 1906, 1907)

Precedido por
Pedro Francisco Massano de Amorim
Governador Interino de Angola
19171918
Sucedido por
Filomeno da Câmara de Melo Cabral
Precedido por
Augusto de Paiva e Palma Pacheco Bobela da Mota
Governador-Geral da Índia Portuguesa
1920 - 1925
Sucedido por
Francisco Maria Peixoto Vieira
  • v
  • d
  • e

Francisco de Almeida • Afonso de Albuquerque Lopo Soares de Albergaria Diogo Lopes de Sequeira Duarte de Meneses Vasco da Gama Henrique de Meneses Lopo Vaz de Sampaio Nuno da Cunha Garcia de Noronha Estêvão da Gama • Martim Afonso de Sousa João de Castro Garcia de Sá Jorge Cabral Afonso de Noronha Pedro de Mascarenhas • Francisco Barreto Constantino de Bragança Francisco Coutinho João de Mendonça Furtado Antão de Noronha Luís de Ataíde António de Noronha António Moniz Barreto Diogo de Meneses • Luís de Ataíde Fernão Teles de Meneses Francisco de Mascarenhas Duarte de Meneses Manuel de Sousa Coutinho Matias de Albuquerque Francisco da Gama Aires de Saldanha Martim Afonso de Castro Aleixo de Meneses André Furtado de Mendonça • Rui Lourenço de Távora Jerónimo de Azevedo João Coutinho Fernão de Albuquerque Francisco da Gama Luís de Brito e Meneses Nuno Álvares Botelho Miguel de Noronha Pedro da Silva • António Teles de Meneses João da Silva Telo e Meneses Filipe de Mascarenhas Francisco dos Mártires António de Sousa Coutinho Vasco de Mascarenhas Brás de Castro Rodrigo Lobo da Silveira Manuel Mascarenhas Homem • Francisco de Mello e Castro António de Sousa Coutinho Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque Manuel Mascarenhas • Pedro de Lencastre Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque António de Melo e Castro Pedro de Lencastre Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque António de Melo e Castro João Nunes da Cunha António de Melo e Castro - Manuel Corte-Real de Sampaio - Luís de Miranda Henriques • Luís de Mendonça Furtado e Albuquerque Pedro de Almeida António Brandão - António Pais de Sande António Brandão Francisco de Távora Rodrigo da Costa Miguel de Almeida • Fernando Martins de Mascarenhas de Lencastre - Luís Gonçalves Cota • Fernando Martins de Mascarenhas de Lencastre - Agostinho da Anunciação Pedro António de Noronha de Albuquerque António Luís Coutinho da Câmara Agostinho da Anunciação - Vasco de Lima Coutinho • Caetano de Melo e Castro Rodrigo da Costa Vasco Fernandes César de Meneses Sebastião de Andrade Pessanha Luís Carlos Inácio Xavier de Meneses Francisco José de Sampaio e Castro Cristóvão de Melo - Inácio de Santa Teresa - Cristóvão Luís de Andrade • João de Saldanha da Gama Inácio de Santa Teresa - Cristóvão de Melo - Tomé Gomes Moreira • Pedro de Mascarenhas • Luís Carlos Inácio Xavier de Meneses Francisco de Vasconcelos - Lourenço de Noronha - Luís Caetano de Almeida Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos Francisco de Assis de Távora Luís Mascarenhas António Taveira da Neiva Brum da Silveira - João de Mesquita Matos Teixeira - Filipe de Valadares Sotomaior António Taveira da Neiva Brum da Silveira Manuel de Saldanha e Albuquerque António Taveira da Neiva Brum da Silveira - João Baptista Vaz Pereira - João José de Melo Filipe de Valadares Sotomaior José Pedro da Câmara Frederico Guilherme de Sousa Holstein Francisco da Cunha e Meneses Francisco António da Veiga Cabral da Câmara Bernardo José de Lorena Diogo de Sousa, conde de Rio Pardo Manuel José Gomes Loureiro - Manuel Godinho de Mira - Joaquim Manuel Correia da Silva e Gama - Gonçalo de Magalhães Teixeira Pinto - Manuel Duarte Leitão Manuel da Câmara - Paulo de São Tomás de Aquino - António José de Melo Sotomaior Teles - João Carlos Leal - António José de Lima Leitão Manuel da Câmara - Paulo de São Tomás de Aquino - António José de Melo Sotomaior Teles - João Carlos Leal - Joaquim Mourão Garcez Palha Manuel da Câmara Manuel de São Galdino - Cândido José Mourão Garcês Palha - António Ribeiro de Carvalho Manuel Francisco de Portugal e Castro Bernardo Peres da Silva Manuel Francisco de Portugal e Castro Joaquim Manuel Correia da Silva e Gama João Casimiro Pereira da Rocha de Vasconcelos - Manuel José Ribeiro - Frei Constantino de Santa Rita - João Cabral de Estefique • António Maria de Melo - Joaquim António de Morais Carneiro António Mariano de Azevedo • José António de Lemos • Bernardo Peres da Silva Simão Infante de Lacerda de Sousa Tavares José António Vieira da Fonseca Manuel José Mendes José António Vieira da Fonseca - José Câncio Freire de Lima - António João de Ataíde - Domingos José Mariano Luís - José da Costa Campos - Caetano de Sousa e Vasconcelos • José Joaquim Lopes de Lima António Ramalho de Sá - António José de Melo Sotomaior Teles - António João de Ataíde - José da Costa Campos - Caetano de Sousa e Vasconcelos • Francisco Xavier da Silva Pereira Joaquim Mourão Garcês Palha José Ferreira Pestana José Joaquim Januário Lapa Joaquim de Santa Rita Botelho - Luís da Costa Campos - Francisco Xavier Peres - Bernardo Heitor da Silva e Lorena - Vítor Anastácio Mourão Garcês Palha • António César de Vasconcelos Correia José Ferreira Pestana Januário Correia de Almeida Joaquim José de Macedo e Couto • João Tavares de Almeida Aires de Ornelas e Vasconcelos - João Caetano da Silva Campos - Francisco Xavier Soares da Veiga - Eduardo Augusto de Sá Nogueira Pinto Balsemão • António Sérgio de Sousa Aires de Ornelas e Vasconcelos - João Caetano da Silva Campos - Francisco Xavier Soares da Veiga - António Sérgio de Sousa Júnior Caetano Alexandre de Almeida e Albuquerque Carlos Eugénio Correia da Silva António Sebastião Valente - José de Sá Coutinho - José Inácio de Brito - José Maria Teixeira Guimarães António Sebastião Valente - José de Sá Coutinho - José Inácio de Brito - José Maria Teixeira Guimarães Augusto César Cardoso de Carvalho Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque António Sebastião Valente - Joaquim Borges de Azevedo Enes - José Inácio de Brito - Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque Vasco Guedes de Carvalho e Meneses Francisco Maria da Cunha João Manuel Correia Taborda António Sebastião Valente - Luís Poças Falcão - Raimundo Maria Correia Mendes - João Manuel Correia Taborda Francisco Teixeira da Silva Luís Poças Falcão - Raimundo Maria Correia Mendes - João Manuel Correia Taborda Rafael Jácome de Andrade João Manuel Correia Taborda António Sebastião Valente - Francisco António Ochôa - Luís Carneiro de Sousa e Faro - João Manuel Correia Taborda Elesbão José de Bettencourt Lapa Rafael Jácome de Andrade Afonso de Bragança, Duque do Porto João António das Neves Ferreira João Manuel Correia Taborda António Sebastião Valente - Francisco António Ochôa - João de Melo Sampaio - João Manuel Correia Taborda António Sebastião Valente - Abel Augusto Correia do Pinto - João de Melo Sampaio - João Manuel Correia Taborda Joaquim José Machado Eduardo Augusto Rodrigues Galhardo António Sebastião Valente - Alfredo Mendonça David - José Emílio Santana da Cunha Castelo Branco - Francisco Maria Peixoto Vieira Arnaldo de Novais Guedes Rebelo Bernardo Nunes Garcia • José Maria de Sousa Horta e Costa Francisco Manuel Couceiro da Costa Francisco Maria Peixoto Vieira Francisco Peixoto de Oliveira e Silva - Francisco Wolfgango da Silva - Francisco Maria Peixoto Vieira José de Freitas Ribeiro Augusto de Paiva Bobela da Mota Jaime Alberto de Castro Morais Francisco Maria Peixoto Vieira Mariano Martins Tito Augusto de Morais Acúrcio Mendes da Rocha Dinis Pedro Francisco Massano de Amorim Acúrcio Mendes da Rocha Dinis Alfredo Pedro de Almeida João Carlos Craveiro Lopes Francisco Craveiro Lopes José Ricardo Pereira Cabral Paulo Bénard Guedes José Silvestre Ferreira Bossa José Alves Ferreira Fernando de Quintanilha e Mendonça Dias Paulo Bénard Guedes Manuel António Vassalo e Silva